Na manhã de ontem, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e soldados da 1° Companhia Ambiental da Brigada Militar estiverem vistoriando a área localizada a cerca de 200 metros da ponte da BR 285, no limite com a zona rural. Ainda na quarta-feira, após uma denúncia feita por um ouvinte, na Uirapuru, amostras da água haviam sido coletadas para análise na UPF. Ontem, ao percorrer alguns metros, mata a dentro, os técnicos e policiais do Pelotão Ambiental se depararam com uma cena lastimável: milhares de garrafas, pedaços de isopor, entre outros dejetos produzidos na cidade, cobriam boa parte do Rio Passo Fundo, que dá nome a cidade.
A reportagem Uirapuru ouviu a dona de casa Eva Ferreira Martins. Segundo ela, o mau cheiro é insuportável, principalmente nas horas de refeição. Disse que se vê obrigada a fechar toda a casa, para amenizar o odor. Já à noite, na hora de dormir, disse que precisa tapar o rosto com o lençol. Após uma rápida pesquisa no site Google Mapas, via Internet, é possível visualizar manchas brancas entre a mata e o rio. Conforme o Comandante do 3° Batalhão Ambiental, Major Eliel de Souza Roque, estas manchas são garrafas e lixo acumulados em, pelo menos três pontos. Segundo ele, nos locais em que a vegetação é mais fechada e com as curvas do rio, estes materiais acabam formando barreiras e dificultando o percurso das águas. Afirma o Comandante, que este lixo é jogado pela própria população.
O Capitão Eliel diz que para sanar este tipo de problema é necessário haver uma conscientização da população. Informou ainda, que, pelas vistorias iniciais, se constata que a poluição não é oriunda de materiais químicos ou dejetos de empresas, mas sim, por produtos orgânicos, largados indiscriminadamente no rio. Conforme o Coordenador de Licenciamento e Fiscalização Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente, Glauco Polita, a atual situação ocorre por diversos fatores. Explicou que com a baixa no volume de chuvas, o nível do rio baixou bastante, por conseqüência, mais de 70% do esgoto cloacal da cidade é lançado nas águas sem nenhum tipo de tratamento.
Já sobre as garrafas pet, diz que elas são jogadas desde a área urbana e acabam represando áreas verdes. Quanto ao mau cheiro, Polita disse que este tipo de material, após um determinado tempo começa fermentar, causando gases na água e, assim, produzindo um cheiro insuportável. Para finalizar, acrescentou que o município já está tomando as devidas providencias para fazer a retirada desse material.
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